Histórias fantásticas

A turma do 8.ºA criou alguns textos narrativos, que intitularam de Histórias Fantásticascom inspiração na obra O último Grimm, de Álvaro Magalhães.

Estes alunos têm todo o gosto de os partilhar com a comunidade educativa e de lhes mostrar um pouco da sua criatividade e do prazer da escrita a qual tem o poder de nos transportar para mundos inacreditáveis.


A Floresta Mágica

Há muitos anos, numa floresta mágica, existia uma libelinha falante que uma vez por ano indicava o caminho para um jardim de flores em que cada uma dava um poder.

Numa tarde de setembro, William e os seus amigos estavam reunidos na biblioteca a explorar livros. Entretanto, William pegou num livro antigo e começou a folheá-lo até que viu um papel no meio das páginas e pegou nele. Era um mapa antigo com o caminho para uma floresta mágica.

Os quatros amigos ficaram entusiasmados e seguiram o mapa.

Passadas cinco horas, os amigos pensaram em desistir, mas, quando iam voltar para trás, apareceu um gato preto que os teletransportou para um local escuro e aterrorizante onde surgiu uma bruxa que perguntou:

  • Querem jogar um jogo? HAHAHA!

Os amigos ficaram assustados, mas aceitaram, pois não sabiam como sair dali.

  • Escolham uma das três cartas que vos dou à escolha. Elas vão mostrar o vosso destino.- disse a bruxa.

William voluntariou-se para pegar numa carta. Quando William virou a carta, viu que lhe tinha calhado a floresta mágica e ficaram todos entusiasmados. A bruxa cumpriu as regras do jogo e conduziu-os para a floresta.

Quando chegaram, deram de caras com uma libelinha, mas ela era diferente, pois tinha o poder de falar e perguntou-lhes:

  • O que é que vocês estão a fazer aqui?
  • É uma longa história.- disseram eles em coro.
  • Hoje é o vosso dia de sorte! Vou mostrar-vos o caminho para o jardim de flores com poderes.

Eles seguiram-na e, quando chegaram lá, ficaram espantados com a beleza daquele jardim. De repente, tiveram a brilhante ideia de provar uma flor. Esta tinha um aspeto delicioso, era branca e macia como uma nuvem. Ao comerem a flor, ganharam o poder da invisibilidade, mas começaram a ficar preocupados, pois achavam que seria definitivo, mas a libelinha alertou-os que aquele efeito só tinha duração de uma hora.

Apesar do pouco tempo que tinham, divertiram-se imenso e voltaram felizes para casa.

Anabela Silva
Bárbara Alves
Matilde Fernandes


No planeta errado

     Um certo dia, Grimm voltou àquela biblioteca em busca da rapariga que lia. Quando a encontrou, depois de a cumprimentar, Grimm, curioso, perguntou de onde vinha. De imediato, ela respondeu:

      – Oh, eu? Eu moro numa outra galáxia, chamada Via Lúctea, onde habitam criaturas fantásticas, como eu, seres invisíveis, duendes, fadas, entre outras.

      – Uau! Que galáxia fantástica! Como fazes para lá voltar?

      – Nós temos uma técnica antiga. Através de uma fábrica abandonada, aqui do vosso planeta, nós, criaturas como eu, teletransportamo-nos, todos os dias, para a minha galáxia. – explicou ela.      

      – Gostarias de ir conhecer o meu planeta?

      – Claro, parece ser extremamente divertido!

      Em seguida, ambos vão ao encontro da tal fábrica abandonada. Ao chegarem lá, como não havia muita gente, a espera foi curta para se teletransportarem para a tal Via Lúctea. Enquanto se teletransportavam, ouviram um barulho esquisito: Rrrzchr, mas ignoraram-no.

      Mal chegaram ao destino, viram a placa de localização, que lhes indicava que estavam no “Planeta dos Corvos”. Logo que se aperceberam que estavam no planeta errado, ficaram apavorados. Andaram durante muito tempo às voltas, até que um corvo simpático perguntou ao Grimm:

       – Estás perdido?

       – Sim, estamos.

       – Como assim, estão? – questiona o corvo.

       – Ah! Pois… Esta é a minha amiga invisível, isto é, só os Grimm e os que são como ela a conseguem ver. Nós estávamos a ir para o planeta dela, mas acabámos por vir até aqui. Será que nos consegue ajudar, Sr. Corvo?

       – Sim, claro! Venham comigo até à OTC (Organização de Teletransporte dos Corvos) e chegaremos ao planeta da Fantasia!

       Por fim, após estas peripécias, com a ajuda do Sr. Corvo, os dois conseguiram ir ao planeta da rapariga que lia. Chegados lá, Grimm fica admirado com aquele planeta e juntos vão explorá-lo.

Sara Silva
Carolina
Maria Inês


Para além da Galáxia

   Um certo dia, William Zimmer, acabado de aterrar numa outra galáxia, tinha-se tornado um astronauta para poder viajar e encontrar a misteriosa menina que havia conhecido numa biblioteca, anos antes. Desde o desaparecimento da menina, William sonhava, frequentemente, com a sua imagem acompanhada de um corvo gigante de olhos brancos, ligeiramente assustador.

   Assim que William sai da nave, percebe que não está sozinho. Sentia-se observado por algo. Tentou convencer-se de que eram apenas loucuras da sua cabeça e começou a calcorrear aquele planeta, não se afastando muito da nave. Enquanto o fazia, acabou por avistar um vulto; porém, quando aquilo se repetiu mais vezes, o rapaz, assustado, correu para a nave, mas ao virar-se para trás para matar a curiosidade sobre aquilo que o seguia, deparou-se com o corvo dos seus sonhos. Naquele momento, percebeu que as suas penas podiam ser assemelhadas a um buraco negro e os seus olhos não pareciam reais.

   O corvo alternava o seu olhar entre o rapaz e o horizonte como se quisesse que William o seguisse. Não foi uma viagem muito longa… Assim que avistou um planeta que se destacava dos outros devido às suas cores vibrantes, soube que chegara ao seu destino. Logo que saiu da nave, deparou-se com uma multidão de seres vivos místicos, mas ainda assim reconheceu o cheiro, que anos antes o encantara na biblioteca. No meio da multidão, uma pessoa correu na sua direção e não foi difícil entender quem seria, logo foi rodeado por um abraço caloroso.

   Não sabia quanto tempo havia passado, mas pareciam ter sido meses. Durante esse tempo conheceu melhor a menina. Descobriu que o seu nome era Rose, conheceu os seus amigos, aprendeu sobre tradições do planeta, mas ainda se sentia mal já que ele tinha família e amigos na Terra. Ele queria pedir a Rose que fosse consigo para a Terra, mas receava que a menina negasse pelo mesmo facto de que ele não queria ficar naquele planeta. Contudo, conseguiu reunir coragem para falar com ela.

   No fim da conversa, Rose revelou que não muito longe de onde ela morava havia um portal que os levava à Terra, o mesmo que ela havia usado a primeira vez que eles se encontraram. No entanto, era uma viagem arriscada, que não devia ser feita muitas vezes. Rose não gostou da sua decisão, mas William estaria disposto a arriscar-se desde que a pudesse ver. Com a ajuda de Nyx, o corvo, as viagens seriam mais seguras para ambos, desde que não fossem tão frequentes. De três em três meses, trocavam de planeta, conseguindo assim manter-se juntos sem se separarem de tudo o que lhes era querido.

Ana Mendes
Beatriz Matos
Francisco Silva
Lara Lopes